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domingo, 11 de agosto de 2013


Guilherme: Desde pequeno, sempre gostei de assistir filmes, seja qual fosse o motivo pelo qual me chamasse atenção. Escrevo aqui para repartir e comentar com os amigos e cinéfilos sobre os curta/média/longa metragens que nos marcaram! E por que não os seriados? O Cine Espresso é para mim um espaço onde arquivamos aquilo que nos acrescenta (ou não). Agradeço a quem estiver lendo, esteja à vontade para sugerir, argumentar. Espero que o blog conquiste bons parceiros e de alguma forma possamos nos auxiliar a descobrir o cinema, mais e mais!

Vou concluir citando um dos meus filmes favoritos:
"Há mais harmonia nos filmes do que na vida. Não há engarrafamentos nem períodos de estagnação. Os filmes sempre continuam, como trens à noite. Pessoas como você e eu só somos felizes no nosso trabalho, fazendo filmes."

FRANÇOIS TRUFFAUT para JEAN PIERRE LEAUD em "A Noite Americana" (1973)



Jessica: Em um dia chuvoso, um filme de um tal de Billy Wilder foi parar em minhas mãos. Chamava-se Crepúsculo dos Deuses. Enquanto minha mãe dormia ao meu lado, coloquei o filme para ver. Foi amor à primeira vista e meu primeiro contato com cinema. Eu tinha 14 anos e não tinha internet banda larga, dinheiro. Torrent? Isso era lenda para mim. Por isso meus primeiros passos em direção ao cinema foram lentos, devagar quase parando. Já conhecia o rosto de muitas atrizes, mas não tinha visto filme algum com elas. Mas não importava, eu já considerava aquele mundo meu de alguma forma.  Quando minha mãe chegou com o DVD do Billy de presente para mim, senti o coração saltar de tanta alegria.  Aí já era. Aí só foi ladeira abaixo.

Uma das melhores lembranças que tenho sobre cinema é da época em que eu sonhava ter o famigerado box da Joan Crawford, lançado por essas bandas pela Warner. Ele custava 56 reais e estava à venda em uma das locadoras mais lindas da cidade. Claro que não comprei, eu não passava de uma estudante – não que hoje não seja isso mais– sem meios. Mais do que o preço camarada do box, o que ficou gravado em mim foi a visita que fiz na tal da locadora. A prateleira de cinema clássico era gigante. Nunca tinha visto tantos filmes na vida. Um dia verei todos esses filmes- eu pensei. Pobre tolinha, eu. Ver “todos esses filmes” continua ser uma meta invencível em minha vida. Não tem problema porque no dia em que não houver mais filmes para ver... bem, esse será um dia realmente infeliz para mim.


Aliás, olá, meu nome é Jessica Bandeira. Tenho 22 anos e como diria o ator de teatro que entregou o prêmio Sarah Siddons para Eve em A malvada: “com um coração tão velho quanto o teatro”. Meu coração é tão velho quanto o cinema. Bette Davis, Lana Turner, Joan Crawford, Jeanne Moreau...tem espaço para todos. Passo por fases de crush agudas, aquelas fases em que a gente se apaixona pelo ator e vê todos os filmes dele. Estou tentando mudar o quadro, afinal o cinema não é feito só de atores. Sem o cinema não existe vida para mim. Minhas piadas, meu quarto, minhas roupas, tudo tem algum dedo do cinema. Talvez isso soe muito clichê. Para mim, não. Aqueles 24 quadros que formam uma cena são os 24 quadros que simbolizam minha vida. Ou uma boa parte dela.



Camila: Hello, fellas! Meu nome é Camila de Campos Pereira, tenho 23 anos e sou formada em Letras, além de viúva dedicada de Cary Grant. Sou aficionada por cinema, sobretudo pelos clássicos da chamada Golden Age de Hollywood.

O cinema está para mim assim como a birita está para Don Birman, de “Farrapo Humano”, ou como passar a perna em Margo está para Eve, de “A malvada”. Muitas vezes não consigo separar a ficção da realidade, tal a frequência com que eu assisto filmes e leio a respeito. De vez em quando desconfio que minha vida seja um roteiro descartado e perdido em uma gaveta de Woody Allen. Mas só desconfio.

Na verdade, tudo é culpa dos envolvidos na produção de “...E o vento levou”, foi com eles que tudo começou. (“Senta que lá vem história...”) Em uma bela tarde qualquer do ano de 2007, estava essa que vos escreve envolvida em sua atividade favorita: caçar livros em bibliotecas da cidade. Eis que (naquele dia eu estava no SESC) eu encontro um livro enorme chamado “...E o vento levou”, de Margaret Mitchell. Claro que eu já tinha ouvido falar no filme, mas não tinha noção de que havia um livro e nem mesmo tinha assistido o filme. Em menos de duas semanas devorei o livro e, mais rápido ainda, procurei e assisti a produção de Victor Fleming, com Vivien Leigh e Clark Gable nos papéis de Scarlett O’Hara e Rhett Butler. Foi simplesmente amor à primeira vista. Era lindo, lindo, e do jeito que eu havia imaginado tudo ao ler o livro. A partir daí, mergulhei de cabeça no vício do cinema: depois desse filme épico, assisti “A malvada” (em uma edição especial da Cinemateca Veja – quem lembra? – com livrinho e tudo). Conheci dona Bette Davis, e o resto é história.

Hoje, além de Indiana Jones das bibliotecas, sou também a dos filmes (estou sempre procurando DVDs aqui, ali e em todo lugar), e estou muito (muito muito muito) feliz com a oportunidade de estar nesse blog com essas pessoas queridas e amadas para escrever a respeito da minha paixão. Além das resenhas de filmes, pretendo escrever sobre histórias da Old Hollywood, que ficam mais gravadas na minha mente do que os conteúdos que estudo na Universidade.

Por fim, quero concluir com uma das minhas citações favoritas de um dos meus filmes favoritos, “A rosa púrpura do Cairo”, de Woody Allen, que define muito a minha personalidade. Quando a personagem de Mia Farrow se apaixona pelo personagem do filme que assiste quase todos os dias no cinema, de tal modo que ele sai da tela para encontrá-la, ela quer fugir com ele e se defende:

 “I just met a wonderful new man. He's fictional but you can't have everything.”

Sim, o meu amor pelo cinema é grande assim.

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